O que é fascite plantar: causas, tratamento, prevenção e mais!

imagem de pés com as mãos tocando o calcanhar

A fascite plantar é uma patologia que afeta entre 7 a 10% da população, apresentando maior incidência em indivíduos entre os 40 e 60 anos de idade. Ela consiste em um processo inflamatório que ocorre na fáscia plantar, causando dor e desconforto.

Há diversos fatores associados a seu surgimento e entre os principais estão aqueles relacionados ao estilo de vida do paciente. A boa notícia é que através da adoção de uma vida mais saudável e medidas adequadas de tratamento, pode-se obter uma melhora significativa dos sintomas em um curto intervalo de tempo.

Se deseja saber mais sobre as causas da fascite, exercícios que atenuem a dor e o que deve ser feito para evitar o seu desenvolvimento, continue lendo o nosso conteúdo.

O que é a fascite plantar

Para entender o que é a fascite plantar e as razões de sua ocorrência, vamos falar, antes, da fáscia plantar. A fáscia é uma banda espessa de tecido fibroso e pouco elástico que se estende desde o nosso calcanhar, no osso do calcâneo, até o dedo dos pés. Ela serve para absorver choques e suportar a nossa arcada plantar.

A patologia ocorre quando existe uma sobrecarga por tração gerada através da atividade excessiva na região. Não à toa, estima-se que até 10% dos corredores sofram de fascite, estando a corrida, a dança e o futebol entre as principais atividades desencadeadoras do problema ortopédico. É importante destacar, no entanto, que ela também pode ocorrer em decorrência de alterações biomecânicas naturais.

O ponto é que a fascite é a causa mais frequente de dores no calcanhar, afetando entre 7 a 10% da população de acordo com a publicação da Orthopaedic Journal of Sports Medicine (Revista Ortopédica de Medicina Esportiva) dos Estados Unidos. É geralmente sentida no pé direito ou no esquerdo, sendo raríssimos os casos onde ela ocorre simultaneamente em ambos os pés.

fascite plantar e área da dor

As principais causas da fascite plantar

As causas da fascite plantar residem no próprio funcionamento da fáscia. É esta estrutura que ajuda a manter a curvatura do pé, graças a sua capacidade de amortecer e de distribuir o impacto. Quando ocorre o estiramento excessivo da fáscia plantar ou há a repetição de microtraumatismos, ocorre a patologia.

Apesar disso, não se pode afirmar ao certo quais são as suas causas. O que sabemos é que as dores causadas estão associadas a alterações estruturais condizentes com processos degenerativos causados por três fatores principais: o sobrepeso, a prática exagerada de exercícios físicos e a idade.

Os sintomas da fascite plantar

Os principais sintomas da fascite são as dores na sola do pé, o inchaço e a vermelhidão na região, embora os dois últimos sejam menos comuns e não apareçam em todos os casos.

A dor sentida vem na forma de uma pontada ao pisar no chão após acordar ou se levantar após passar muito tempo sentado. Ela também é agravada ao subir escadas ou após permanecer em pé por muito tempo.

Sem tratamento, a fascite plantar pode levar a alterações na marcha que evoluem para lesões nos joelhos, nos quadris ou na coluna.

Fatores de risco associados

Como mencionado, as alterações estruturais provocadas pelo sobrepeso, prática de atividades físicas e o avanço da idade estão relacionadas ao surgimento da fascite plantar. Mas estes não são os únicos fatores de risco. Além deles, podemos observar o surgimento da patologia em indivíduos que:

  • Possuem deformidades ou tipos específicos de pés: aqueles que possuem pés planos, chatos ou cavos têm uma tendência a distribuir de forma desigual o peso do corpo, o que faz aumentar a pressão sobre a fáscia plantar e pode levar ao desenvolvimento da fascite.
  • Apresentam o encurtamento do tendão de aquiles: o encurtamento ocorre em decorrência do enrijecimento do músculo da panturrilha e é observado em pessoas que fazem o uso de sapatos muito altos ou utilizam calçados que não oferecem o suporte necessário para o amortecimento dos choques contra o calcâneo.
  • Não fazem exercícios de alongamento: não somente antes ou depois da prática de atividades físicas, quando falamos sobre a ausência de alongamentos, estamos falando sobre o encurtamento da musculatura posterior por falta de estímulos, o que provoca a retração do tecido e gera um processo inflamatório e degenerativo na fáscia.

O diagnóstico da fascite plantar

O diagnóstico deve ser feito por um médico ortopedista com base em exames clínicos e análise do histórico do paciente. A primeiro momento, o diagnóstico considerará as particularidades dos sintomas, podendo ser solicitados exames adicionais que estabeleçam o diagnóstico diferencial para outras patologias, sendo eles:

  • O Raio-X e a ressonância magnética: Ambos ajudam a excluir demais suspeitas, sendo o raio-x mais comum que a ressonância, que raramente é utilizada para estes casos;
  • A cintigrafia óssea e a eletromiografia podem ser solicitadas; no caso da cintigrafia, objetiva-se a quantificação da inflamação, enquanto a eletromiografia excluirá possíveis compressões nervosas.

A fascite plantar tem cura?

Sim. A fascite é uma doença que evolui de forma favorável, com cerca de 90% dos pacientes apresentando melhoras significativas já nos primeiros meses de tratamento. É claro que isso exige máxima aderência do paciente às atividades recomendadas.

São necessárias também a adoção de práticas favoráveis à saúde dos pés. Deve-se dar atenção especial à escolha dos calçados e substituir atividades físicas de alto impacto por aquelas que não são danosas à fáscia plantar, como é o caso das atividades na água ou bicicleta.

O tratamento da fascite plantar

O tratamento mais adequado para fascite plantar deve ser indicado pelo médico ortopedista que acompanha o caso. O que podemos destacar é que existem medidas comuns para o alívio das dores e melhora do quadro.

No primeiro momento, é comum que os profissionais optem por uma abordagem conservadora que objetive a redução da inflamação, o alívio das dores e a reabilitação do paciente no desempenho de suas atividades diárias.

Assim, são sugeridas alterações no estilo de vida, de forma que,

  • Em caso de obesidade, o paciente seja orientado a redução de peso que leve a uma diminuição da pressão exercida sobre as articulações.
  • Quando a prática de atividades físicas é a desencadeadora do problema, é mais indicado o repouso, a limitação do exercício e posterior substituição por práticas menos danosas.
  • O uso de palmilhas ortopédicas também permite distribuir melhor a carga durante a marcha, aliviando as dores. Este tipo de palmilha pode ser facilmente encontrado clicando aqui. Os calçados também são fundamentais, por isso o paciente deve dar preferência àqueles que possuam solas maleáveis que absorvam melhor os impactos do solo.

Além disso, há a fisioterapia e exercícios específicos de alongamento da fáscia e do tendão de aquiles que surgem como opções no tratamento. Quando há dor crônica, podem ser realizadas sessões de terapia por ondas de choque e a prescrição de medicamentos anti-inflamatórios.

A cirurgia é o último dos casos e só é considerada em caso de total falência das abordagens mais conservadoras.

Recomendações para auxiliar na prevenção e no tratamento

Há algumas medidas que podem auxiliar no controle da dor, no fortalecimento da musculatura e na prevenção da fascite plantar. Consistem em atividades físicas que podem ser realizadas em casa, como por exemplo:

  • A aplicação de gelo e calor: durante a fase aguda da dor, o gelo deve ser aplicado de duas a três vezes ao dia, entre 5 e 10 minutos, diretamente na região afetada. Passado o momento de dor aguda, as compressas de calor auxiliarão no relaxamento dos músculos e da fáscia, promovendo um alívio nos sintomas.
  • Para redução da inflamação e alívio das dores: o paciente pode utilizar uma garrafa pet com água para alívio da dor. Basta rolar o objeto para frente e para trás durante 10 minutos sob o arco plantar; as bolinhas como a de tênis também podem ser usadas em exercícios de movimento da sola em todas as direções.
  • Alongamento e fortalecimento muscular: para realizar o alongamento da fáscia, deve-se deitar no chão mantendo a postura ereta. Para isso, as pernas são esticadas e a ponta dos pés é puxada com o auxílio de uma toalha. Outro exercício interessante é feito quando, sentado em uma cadeira, o paciente recolhe bolinhas de gude ou rolhas utilizando somente os dedos dos pés.

Evite complicações

A fascite plantar não deve ser ignorada. A ausência de tratamento pode escalar para dor crônica no calcanhar, dificultando o desempenho de atividades simples do dia a dia. Além disso, a tentativa de compensar a dor pode modificar a forma de andar do indivíduo lesionado, elevando as chances de problemas no joelho, no quadril ou na coluna.

Por isso, dê prioridade à saúde e faça modificações em sua rotina que promovam a qualidade de vida. Evite o ganho excessivo de peso, faça alongamentos e utilize calçados e palmilhas ortopédicas que amorteçam o impacto na sola.
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